Insuspeito

Ambiente e Urbanismo. E-mail: nunomarques2009@gmail.com. Também no FACEBOOK, em www.facebook.com\nunomarques2009.

27 junho 2005


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Pano para mangas II

Uma passagem deveras 'curiosa' da informação técnica respeitante ao processo do empreendimento no actual parque de estacionamento do Porto-de-Mós diz isto:
"A altura do edifício nunca deverá ultrapassar os 3 pisos, devendo o requerente proceder a uma apresentação da pretensão com meios auxiliares de apoio, maqueta ou apresentação vídeo, de forma a esclarecer devidamente a volumetria do edifício. Apresentada a maqueta, vem esta confirmar que a proposta ultrapassa os 3 pisos. Relembramos que o PGU indica para a zona D4 - 4 pisos e para a zona D5 - 2 pisos (...)" In Inf. N.º 168-AH/04, de 15/11/04.
O projecto, como todos sabemos, acabou por ser aprovado pela Câmara. Porquê, já que a informação técnica atestou previamente a sua desconformidade com o PGU? Este tipo de coisas têm um nome, não têm?

21 junho 2005

E com o PS, também é assim?

«... é mais aquilo que nos une do que nos separa.»
Júlio Barroso, dirigindo-se à Deputada Alda Macedo (BE), numa reunião do Núcleo de Lagos do Bloco de Esquerda, Canallagos, neste artigo.

O tabu

«Por enquanto, não sou candidato a coisa nenhuma. Sou porventura candidato a candidato, pois ainda não foi anunciada a minha candidatura, embora circule por aí que talvez venha a ser.»
Júlio Barroso, "Canallagos", citado neste artigo.

19 junho 2005

Pessimismo ou realismo?

«Infelizmente, como hoje se constata num incompreensível intervalo de lucidez, o país não ganha para o que gasta. (...) ganha 8 por cento menos do que gasta e vai lá fora buscar a diferença. (...) Vivemos numa ficção e sairemos da ficção, com grande surpresa, para a miséria.»
Vasco Pulido Valente, "Público", 19/06/2005 (sublinhado nosso).

E Sócrates, o que é?

«Eu sou a nova política. Digo o que penso e faço o que digo.»
Manuel Maria Carrilho, Expresso, 18/06/2005, citado no Público de 19/06/2005.

«Por honestidade, por amor de Deus ou dos homens, porque não era esse o seu negócio, Lúcia, Gonçalves e Cunhal morreram pobres. Ou antes, sem posses materiais. Como Salazar. Os portugueses gostam. Já Champallimaud morreu rico, mau sinal. Mas redimiu-se com a fundação. A sua alma será salva. Se, para além dos seus indiscutíveis talentos, estas quatro pessoas tivessem sido democratas, se pelo menos tivessem amado a liberdade, a de todos e não apenas a deles e dos seus amigos, os últimos cinquenta anos de história teriam sido diferentes. E Portugal era hoje um país melhor»
António Barreto, Público, 19/06/2005 (sublinhado nosso).

15 junho 2005


Porto-de-Mós/Lagos.
Vista sobre o actual parque de estacionamento. Para mais tarde recordar... Posted by Hello

Pano para mangas I


Empreendimento Omniasol. Porto-de-Mós/Lagos.
(Parte do) Alçado Norte.
Projecto aprovado.
Embora a vista dominante seja sobre 6 pisos, neste alçado, como se pode ver, chegam a ser 7 os pisos descobertos e somente 2 os pisos integralmente enterrados.
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Empreendimento Omniasol. Porto-de-Mós/Lagos.
Corte transversal.
Projecto aprovado.
9 pisos na totalidade. 6 descobertos e 3 em cave, integralmente escavados até nove metros de profundidade. Posted by Hello

14 junho 2005

Cunhal, 1913-2005.

Mas isso não significa que o político e o intelectual sejam apenas uma referência e um exemplo para os que com ele partilham o ideário comunista. É justo e é sério que Álvaro Cunhal seja lembrado, por todos, como um político de convicções que arriscou a vida na luta contra o fascismo; mas também como autor de uma obra literária que é um testemunho vivo de um regime e de um país retrógrado que diminuía os cidadãos nos seus direitos, liberdades e garantias.»
Miguel Coutinho, Diário de Notícias, 14/06/2005.

12 junho 2005

Pano para mangas

"Pano para mangas" é o que vai dar o projecto aprovado pela Câmara, em 18 de Maio último, para este terreno na praia do Porto-de-Mós.
Muito está por dizer. Mas por enquanto, deixo-vos apenas uma perspectiva que, em breve, com os 6 pisos aprovados para o local, todos deixaremos de ter.

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09 junho 2005

É por estas e por outras...

Numa altura em que alguns tanto pregam a acessibilidade para todos, a segurança rodoviária ou a mobilidade pedonal. Ou de planeamento. Ou de espaço público de qualidade. Pelos vistos sem saberem bem o que tudo isso significa.
Quando é da lei que a largura mínima dos passeios é de 1,60 m e que é necessário haver passeios de largura superior para que um deficiente que se desloque em cadeira de rodas o possa fazer em segurança e em conforto.
Quando é norma que a lei se aplica indiscriminadamente à Administração e aos particulares.
Ver coisas destas acabadas de fazer é, no mínimo, indignoso. Ainda que a propósito de contentores de lixo subterrâneos.
A meu ver, este é (mais) um acto de ligeireza que merecia ser corrigido imediatamente.
E é por estas e por outras que manifestações como o "Dia Europeu sem Carros" são cada vez mais insuportáveis.
Alguém pode levar a sério um autarca que, num dia no ano, anda a querer sensibilizar os outros para andarem a pé e depois manda plantar uma bateria de contentores num passeio destes!? E logo numa curva!?
Eu acho que não pode. Mesmo.

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08 junho 2005

Nem mais

PARA O PS: UMA LIÇÃO QUE JÁ DEVIA ESTAR HÁ MUITO APRENDIDA
mas que ninguém aprende: a de que quando se abre a porta ao tratamento demagógico e sem seriedade da questão dos vencimentos e regalias dos políticos, apanha-se sempre por tabela. O PS, o governo socialista, ao usar o fim das reformas vitalícias como “lubrificante” populista das suas medidas de austeridade apanha de través com a sua própria demagogia. Merece-o.
A única forma séria de tratar a questão da remuneração dos detentores de cargos políticos é acabar com as regalias infamantes, ao mesmo tempo que se aumentam os vencimentos seguindo critérios de equilíbrio com os altos cargos da função pública com os quais, em termos de uma visão do estado e da democracia, devem ter uma hierarquia lógica. Como nunca ninguém tem coragem para o fazer, somam-se as medidas demagógicas cujo único resultado é a cada vez maior degradação do exercício de funções politicas.
Pacheco Pereira, "Abrupto".

07 junho 2005

Jorge Coelho - o renovador

«Dirigindo-se aos funcionários públicos presentes, Coelho reconheceu que "nem todos estão satisfeitos", porque "pensavam que tinham regalias adquiridas, mas sublinhou que "não há razões nenhumas para haver portugueses que tenham uns direitos e outros portugueses que tenham outros". E concluiu: "Os portugueses são todos iguais, e o país não tem condições de nivelar as coisas por aquilo que são hoje os direitos dos trabalhadores da Administração Pública".
Notícia publicada no "Público" de 06/Jun/2005 sobre um encontro de socialistas em Évora onde Jorge Coelho, o coordenador autárquico do PS, discursou.

04 junho 2005


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"Quem quer ir ao molhe de Alvor"...

Lembram-se deste artigo publicado há dias no Canallagos?
Isto é o que diz o projecto de regulamento do futuro (?) Plano de Urbanização da Meia-Praia (versão de Maio de 2004) para aquela zona, por sinal, privada, classificada como "área natural" e integralmente inserida em Reserva Ecológica Nacional e em Rede Natura 2000 - Sítio PTCON0058:
(Art.º 13.º, Áreas Naturais) «Quaisquer acções ou projectos com incidência no sítio de importância comunitária PTCON0058 - Ria de Alvor, nomeadamente de reabilitação e ampliação do campo de golfe de Palmares e de construção de outras infra-estruturas de apoio a empreendimentos turísticos estruturantes tais como apoios de praia, plataformas flutuantes para acesso de pequenas embarcações, piscinas, entre outros, ficam sujeitos a um processo prévio de "análise de incidências ambientais" nos termos previstos pelo DL n.º 140/99, de 24 de Abril.» (sublinhado nosso).
(Art.º 41.º, UOPG1) «As intervenções a realizar nesta unidade dizem apenas respeito à recuperação dos espaços dunares, assim como à implementação dos Planos de Praia e seus acessos, e eventualmente acções que tenham por objecto a beneficiação ou ampliação do Campo de Golfe (sublinhado nosso).
Nota: Relembre-se que as Medidas Preventivas que vigoraram na área do PU durante 3 anos caducaram em Abril passado e o plano continua ineficaz por falta de aprovação camarária e de ratificação governamental. Relembre-se que a elaboração do PU e do seu regulamento é uma competência camarária.

03 junho 2005

J. Coelho - próximo Nobel da literatura?

«O que os portugueses rejeitam é a mentira, as "meias-verdades" e a criação de falsas expectativas.» Jorge Coelho, "Diário de Notícias", 03/06/2005.
PS: Outra coisa que os portugueses também rejeitam, e que o Dr. Jorge Coelho se esqueceu de mencionar, é a falta do tal "pingo de vergonha na cara" que alguns políticos teimam, despudoradamente, em não ter.

02 junho 2005

Eleições a quanto obrigas.

O presidente da Câmara vai "bater-se como ninguém" para aumentar o perímetro urbano e incluir no Plano de Pormenor do Chinicato mais 7,5 hectares de terreno destinados a 80 lotes de moradias unifamiliares. Em troca, o dono do terreno oferece/adianta já à Câmara uma parte para construir um polidesportivo.
O-fe-re-ce. A-di-an-ta. E já! Minhas senhoras e meus senhores, convenhamos. É obra!
O polidesportivo avança já, que as eleições estão à porta.
Quanto ao loteamento, logo se vê mais tarde.
É que o loteamento só pode ser desenvolvido depois de aprovado o projecto. E o projecto só pode ser aprovado se constar do Plano de Pormenor... aprovado e ratificado. E se a Câmara mantiver a intenção de concluir o plano. Etc.
E o terreno, que no PDM era agro-florestal e que para deixar de ser teria forçosamente de haver um aumento do perímetro urbano!?
O terreno pode até acabar por ficar fora do plano, o plano pode até nunca vir a existir, os lotes podem até nunca vir a ser feitos. Mas o presidente vai "bater-se como ninguém".
Aliás, créditos firmados em matéria de planos e PDM's é coisa que não falta ao presidente. Provou-o desde o primeiro dia em que chegou à Câmara...
Ou seja. A Câmara, sem poder garantir absolutamente nada, promete passar a possibilidade de construção de zero para 80 lotes num plano de pormenor que, à data, ninguém sabe quando será aprovado. Nem sequer se alguma vez incluirá tal possibilidade de loteamento.
"A cedência será feita por antecipação e para ser levada em conta na operação de loteamento que, futuramente, será levada a efeito no imóvel". "Futuramente", é o que lá está escrito no acordo.
Meus amigos, por que será que sinto que entre os dois outorgantes algum deles não terá posto as cartas todas em cima da mesa?
Eleições, a quanto obrigas. Vale tudo. Depois logo se vê.

01 junho 2005

"Inquieto"

Imagine-se.
Disse o Sr. presidente da autarquia na última reunião do Executivo municipal que, depois de uma reunião havida na CCDR, terá ficado muito "inquieto" (a expressão é dele) com a hipótese de não virmos a ter o Plano Director Municipal aprovado tão cedo. Até ao fim do ano já não será concerteza.
Face àquilo que logo me pareceu do caminho escolhido pela Câmara para a tão badalada "retoma do PDM", há três anos e tal atrás, estas revelações não me surpreendem em nada. Decerto compreenderão.
Para aqueles, poucos, que desde o início do processo tiveram a percepção correcta das coisas e a ousadia de defender um caminho alternativo ao da maioria PS para resolver o problema do plano director, o dilema está, portanto, desfeito há muito tempo. Incompetência!
Para os outros, muitos, a quem ao longo dos últimos 3 anos e meio lhes foram sistematicamente alimentadas expectativas de rápido desbloqueamento da situação e pintados cenários idílicos acerca das suas pretensões, para esses é que o dilema se põe.
Entre a incompetência e a mentira, venha o Diabo e escolha.
O pior é o que nos reserva o futuro imediato de um território concelhio sem rei nem roque. Isso é que nos deve inquietar a todos. Porque coisa boa não é concerteza.
Acreditem.

"Afinal parece que há pouca vida para além do défice..." José Manuel Fernandes

«Falando dos que têm mais responsabilidades, é bom lembrar que houve quem sempre tivesse um discurso coerente - como o governador do Banco de Portugal -, e quem mudasse de rumo, como o Presidente da República. É que foi o mesmo Jorge Sampaio aquele que anteontem, e bem, apelou ao sentido patriótico de patrões e sindicatos, e o que teve algumas das intervenções menos felizes a propósito das contas públicas. Se há frase que os portugueses não esquecem é a sua intervenção sobre "haver vida para além do défice", palavras glosadas até à náusea tanto pelos que serão sempre contra quaisquer medidas de rigor orçamental, como comunistas e bloquistas, mas também pelos socialistas.
Estes, por sua vez, fizeram da denúncia da "obsessão pelo défice" o seu cavalo-de-batalha, estando agora metidos na mesma alhada e, mesmo dizendo que não estão obcecados, é essa a primeira prioridade e a que vai condicionar todas as outras. A sua vida seria hoje bem mais fácil se tivessem sido mais construtivos no passado recente.
O défice é mesmo um problema, hoje como em 2000 ou em 2002. Com a desvantagem de hoje ser ainda maior e a vantagem de, entretanto, as regras europeias terem mudado e o actual ministro das finanças não se ver na aflição de Ferreira Leite, quando teve de manter as contas públicas abaixo dos três por cento.
(...)
O défice, repito, é um problema que não desaparece numa legislatura, razão por que, apesar do nosso sistema político não o favorecer, era positivo que o PS não fechasse a porta à disponibilidade manifestada por Marques Mendes no último debate parlamentar para realizar acordos e que este não fizesse do aumento dos impostos uma fixação. Mas isso talvez seja pedir demais.»
José Manuel Fernandes, "Verdade e Demagogia", "Público", 1/06/2005 (sublinhado nosso).