Insuspeito

Ambiente e Urbanismo. E-mail: nunomarques2009@gmail.com. Também no FACEBOOK, em www.facebook.com\nunomarques2009.

22 novembro 2005

Reféns

A Assembleia Municipal aprovou a proposta da Câmara para aumentar os valores do imposto municipal sobre imóveis para o máximo. Era de prever.
Estava era eu longe de imaginal que a 'disciplina de voto' fosse utilizada para impôr o voto favorável aos membros do PS na assembleia. Aconteceu.
J. Barroso obrigou o partido a votar a favor.
Resultado: 4 membros do PS abandonaram a sala, um afirmou que "votou a favor porque seguiu a disciplina de voto imposta", outro, um presidente de junta, deixou no ar a ideia de que, se não votasse assim, a câmara 'cortava-lhe' o dinheiro para a freguesia.
Com os votos contrários de PSD e CDU, a proposta passou com 13 votos favoráveis e dez contra.
No final, o porta-voz do PS (sintomaticamente calado ao longo de todo o debate), leu a declaração de voto da bancada.
Uma declaração curiosa onde prevalecem duas ideias-base. O PS é contra o aumento do IMI para o máximo - mas votou a favor. E vai 'vigiar' atentamente J. Barroso na aplicação das receitas obtidas - desconfia dele?
Perdeu-se a noção do ridículo.
O que só prova que J. Barroso é mesmo quem manda no PS/Lagos.
E que os socialistas, por sua vez, estão dispostos a qualquer coisa que o presidente lhes imponha.
Reféns de J. Barroso e do seu autoritarismo, portanto. A que preço(s), o tempo nos dirá.
É do pequenino autoritarismo autárquico que se trata, é certo. Porém, do deplorável autoritarismo bacoco.
E da perversão completa e descarada do jogo democrático.

13 Comentários:

Às 1:56 da tarde , Blogger Humor Negro disse...

É formidável o exercício do poder absoluto. Se queres que te diga eu acho que este país merecia um ditador absolutista. A baderna do compromisso não resolve os problemas estruturais do país.
O Groucho Marx faz aquilo que pode (e o deixam) fazer. Nem mais, nem menos.

 
Às 3:36 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Pergunto: houve qualquer justificação (despesas extraordinárias, novos projectos e mais dispendiosos) para que o IMI fosse fixado na taxa máxima? Por vezes, as necessidades justificam as medidas. Terá sido o caso?
Por outro lado, o JB não é independente? Se é, não se compreende que o PS tenha de acompanhá-lo em todas as medidas que adopta. Neste caso, seria ele a ficar refém do PS. Se não é, isto é, se entretanto se filiou no PS, parece que passou a mandar no dito.
O mais estranho, no meio de tudo isto, e que chega a ser ridículo, é o PS ser contra a fixação da taxa máxima de IMI e ter votado a favor e ir vigiar JB.
Ou já perderam a noção do ridículo ou são avisos à navegação de que se preparam para abandonar JB às feras. A quatro anos de vista de um próximo acto eleitoral, não deixa de ser estranho...

eVINDAS.

 
Às 6:49 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Até certo ponto, seria compreensível que um candidato à presidência da Câmara que desconhecesse o estado das finanças autárquicas prometesse não aumentar o IMI e, depois de eleito e conhecedor da situação real, viesse a aumentá-lo. Não era por isso que deixava de ser vigarista, por incauto, mas sempre tinha em sua defesa a desculpa do desconhecimento. Foi, por exemplo, o que Sócrates invocou quando começou a fazer uma política totalmente contrária à que havia prometido na campanha e que lhe possibilitou alcançar maioria absoluta (embora, no caso, a desculpa seja mais do que esfarrapada, porque o PS conhecia muito bem a situação calamitosa das finanças públicas, como expressou nas críticas à taxa prevista para o défice no último OGE santanista).
Com um candidato a reeleição, a coisa é muito diferente. No exercício do cargo conhece bem o estado financeiro da autarquia; como candidato em novas eleições, estima o custo das obras prometidas. Conhecedor de um e de outro, sabe, certamente, que o esforço financeiro exigido à autarquia não é comportável com a manutenção do mesmo nível de receitas do IMI. Pergunta-se: porque prometeu a não alteração da taxa do imposto? Resposta mais do que óbvia: para conquistar votos que lhe permitisse a reeleição. Conclusão também mais do que evidente: trapalhice política! Não colhe o argumento de que o aumento seja apenas para um ano e que nos subsequentes a taxa regresse ao anterior valor. A eleição é para quatro anos; as promessas também (deveriam ser).
Uma das principais características da esmagadora maioria dos políticos é a ausência de honra e a falta de palavra, numa mistura de gritante falta de escrúpulos. O poder parece ser inebriante e, para conquistá-lo ou conservá-lo, vale (quase) tudo. Alguns, que só confirmam a regra, não descem à corrupção, que as paradas são pequenas e não valem porventura tamanho enxovalho, mas usam com o maior dos à-vontades a mentira e a trapaça na captação do voto do eleitor desprevenido e de boa fé. No âmbito autárquico, então, os últimos exemplos conhecidos no país demonstram que o valor da honra e da seriedade andam muito por baixo.
Perante o que se vai vendo, ainda agora a procissão vai no adro, pergunta-se: será que a ambição pelo poder pode transformar um conterrâneo sério e honesto num reles vendedor de promessas não cumpridas? Poder, pode, espera-se que não se confirme!
eVINDAS.

 
Às 11:38 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

Eu já me prometi a mim próprio que me deizava de politiquices há muito mas de facto quando leio coisas deste tipo, seja sobre o JB ou outro qualquer...
Estamos em crise. Casa onde não há todos ralham e ninguém tem razão. Toda a gente a nível nacional já reconheceu que há uma crise, anível local também, a nível familiar também. Os déficites... toda a gente já concordou que tem de se a pagar, mas... desde que não seja eu! e vá de sacudir o capote, e outros o pacote! o IMI a breve trecho vai em qualquer municipio para o maximo porque as CM perderam verbas, ou será que fui só eu que ouvi isso? Se perde verbas de onde podem vir receitas que tapem mais esse buraco? Caríssimos, são meras formas de aumentar impostos e receita sem que a triste notícia seja dada pelos sucessivos governos (repito: sucessivos!) eles sacodem assim para a CM. E pergutam vós sobre o JB? E podem olhar para qualquer municipio e perguntar o mesmo que desculpem, mas não se safam... Portugal é um ninho de defeitos e problemas e ninguém os quer resolver, e nós até parece que gostamos de viver assim por que isto dura desde 1143. Ah! E se JB se fizer mais forte... afinal ele é ou não "chefe" da edilidade? É presidente... afinal o que é isso? Se um Presidente não mandar quem manda? Somos anarquistaszinhos é isso?

 
Às 1:08 da tarde , Blogger Portimão-Xunga disse...

O aceitar este tipo de situações sem manifesto da população em fazer representar a total discordância, preveligiando a ideia politica à ideia lógica faz-me lembrar um ditado que diz
" Bater com a cabeça na parede não é mau...porque é muito bom quando se pára"

www.portimaocleaning.blogspot.com

 
Às 8:52 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

é triste ver a dor daqueles que tem vivendas de 400000€ ou mais,quase todas registadas por menos valor,por terem que pagar mais 14%de imi,quando durante anos andaram a fugir aos impostos, pois as avaliações das casas não eram correctas.
triste foi ver a actuação do psd,que depois do alarido que fez pelo aumento do imi,de 0,7 para 0,8,não ter tido a coragem de abandonar a sala no momento da votação, deixando a assembleia sem elementos soficientes para a votação, o que faria que a taxa passa-se para os valores minimos,pois a autarquia não conseguia entregar dentro do prazo, o referido aumento nas finanças.

 
Às 4:34 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

boa malha. o psd quis foi marcar posição votando contra, mas não estava verdadeiramente contra a aprovação da taxa do imposto, porque se assim fosse teria abandonado a sala impossibilitando o corum. Sim senhor, tá visto que são todos farinha do mesmo saco. querem tirar dividendos mas não se opoiem as politicas. não é sr. nuno?

 
Às 2:20 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Esta é para o burro de "SE O PSD TIVESSE SAIDO" as taxas eram minimas, o meu animal era uma reunião extraordinária, marcavam para 48 horas depois. Antes de falares tenta perceber o que dizes, e talvez devesses ficar pelo amassar.

 
Às 5:56 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

tá bem ó cavalgadura... e 48 horas depois na podiam fazer o mesmo ou nem pôr lá os pés? e de 48 em 48 horas na se esgotava o prazo?
vocês são é todos farinha do mesmo saco que fazem da política um jogo de bola de resultado combinado. o pessoal devia era dispensar vocês todos

 
Às 2:11 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Ó besta e a CDU saia? E que tal ires para a Assembleia e na hora do público expores as tuas ideias em vez de ficares em casa a tirares macacos do nariz e a enfia-los sabe-se lá aonde?

 
Às 5:33 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

ó cavalgadura, mas pra que é que os comunas são práqui chamados? na estávamos a falar do PPd e do sr. nuno? e além disso os comunas na votaram contra?
vê lá mas é se te enchergas

 
Às 7:24 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

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Às 3:49 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

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