Insuspeito

Ambiente e Urbanismo. E-mail: nunomarques2009@gmail.com. Também no FACEBOOK, em www.facebook.com\nunomarques2009.

30 maio 2007

Arrastão

António Nunes, presidente da ASAE prometeu ("avisou", como ele próprio disse) e vai cumprir.
Na primeira quinzena de Junho, 50 brigadas da ASAE vão passar o Algarve "a pente fino".
Comércio e restauração, preparem-se - a ASAE vai fazer um autêntico arrastão!
"Preparem-se e depois não digam que eu não avisei!", disse o director da ASAE, há poucos dias, em Tavira, quando anunciou mais uma missão patriótica para fazer cumprir a Lei e para pôr os algarvios na linha.
Se a operação render alguns milhões de euros de multas, tanto melhor, pensará o Governo.
Mas a "moral da história, ou conclusão da fábula" é que "o Estado português exerce o seu poder de uma forma socialmente injusta. Se eu vender ou comprar camisolas falsificadas, as autoridades aparecem-me armadas até aos dentes. Se eu agredir alguém, dizem-me que tenha calma e descanse. E se da segurança passarmos para o quotidiano cada vez mais medido e regulamentado que nos rodeia, a injustiça não é menor: é mais fácil uma grande empresa imobiliária ver licenciado um campo de golfe num parque natural do que um habitante desse mesmo parque conseguir ver aprovadas obras na sua casa", escrevia Helena Matos, no Público de 28 de Maio, a propósito da ASAE e das suas investidas.
E escrevia bem.
Muito bem, por sinal.

28 maio 2007

"Uma prá MALA"

Em parte por acaso, derivado de quinze dias super-exigentes em termos profissionais e políticos, em parte pelo interesse que me foi sendo manifestado por variados leitores do "Insuspeito" pelo teor do último post, e que muito me fez reflectir, este blogue não é actualizado há quinze dias.
É o que é...
Enfim. Parece que há muita gente a concordar comigo quanto ao fim-de-ciclo de que falava o post "Nova geração ideológica".
Pois bem. A "MALA" é a "Mostra de Artistas de Lagos". A bienal dos artistas de Lagos, pode dizer-se, que este ano reúne obras de mais de 50 artistas locais.
Mais uma vez, a MALA põe a nú a quantidade mas sobretudo a qualidade do produto local das artes da pintura, escultura, fotografia e não só.
A MALA demonstra que em Lagos, e feita pelos de cá, há riqueza artística pelo menos tão boa como noutros sítios culturalmente capitais.
Portanto, é preciso dar projecção a tudo isto e pensar nas condições que estas e outras artes necessitam ter, nas condições que as novas gerações etárias precisam ter, para que a prata da casa possa apurar talentos e afirmar-se.
Há que dar-lhes condições.
Condições que a sociedade não conseguiu dar a muitos dos mais de cinquenta artistas que a MALA mostra.
Com os equipamentos culturais da cidade e do concelho a não bastarem para as encomendas, faz falta e sentido criar um verdadeiro Centro de Artes e Espectáculos em Lagos.
Um equipamento multifuncional onde a produção artística local, da música à pintura, da escultura à dança, do teatro ao cinema e a todas as outras formas de expressão artística possa trabalhar, ensaiar, criar, ser pedagogicamente acompanhada desde o início.
E mostrar-se, projectar-se.
Ao seu nome e, daí, ao nome do concelho.
Uma academia das artes, uma fábrica de cultura, vulgo um Centro de Artes e Espectáculos onde a política cultural é verdadeiramente virada para a conjugação da realização pessoal com a formação de públicos, o desenvolvimento local, a promoção e a atracção turística. Não somente virada para entreter...
Uma espécie de LAC da última geração.
Esse é o espaço de produção que falta, com todas as condições. Um espaço vivo de formação, mostra, divulgação e promoção do concelho, realização de eventos e intercâmbio cultural.
Aqui fica. Mais uma prá caixa da nova geração ideológica para o futuro do concelho.
Já agora, também, mais uma prá MALA.














13 maio 2007

Nova geração ideológica

À medida que obras como o pavilhão e a piscina municipal ou o Centro Social de Almádena vão sendo inauguradas, e que outras vão sendo concluídas ou começadas (parque da cidade, novo edifício da Câmara), além da alegria que é ver concretizar obras há muito anseadas pela comunidade, o que fica também é uma sensação de fim-de-ciclo.
Diria mesmo que é o que prevalece.
Não propriamente o fim do ciclo político autárquico do PS, porque esse advém do calendário eleitoral e não das inaugurações do meio do mandato.
É o fim de uma geração de ideias e de projectos para Lagos, de há muitos anos e não de agora ou de ontem, como se sabe.
Muito menos deste ou daquela personalidade.
E agora que chegamos ao fim?
É claro que as obras e os projectos desse pacote ideológico que falta fazer vão continuar a fazer-se. Até para além do final do mandato, certamente. Outras cairão em esquecimento e passarão à história por desnecessidade ou desactualidade.
Nada de mal nisso.
O importante mesmo é termos presente o imperativo que é termos um novo projecto de cidade e de concelho.
Iniciar agora a nova geração ideológica de projectos para o concelho. Com as pessoas novas e as velhas, em conjunto, mas fundamentalmente com ideias novas.
Que comece o debate!

06 maio 2007

"Pela Positiva"

O DN de sexta-feira, 4 de Maio, dava conta que, "além do presidente da Câmara de Lisboa há, pelo menos, mais oito autarcas constituídos arguidos." Apesar de tudo, um número baixo dada a existência de 308 Municípios no país e de outros tantos presidentes de câmara.
Os casos mais mediáticos, e porventura mais graves, são os de Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, Valentim Loureiro e Maria das Dores Meira, a autarca que substituiu Carlos Sousa na Câmara de Setúbal depois da sua saída do lugar por determinação da direcção do PCP.
Segundo o DN, em investigação na câmara de Lisboa está, além do caso da permuta de terrenos do Parque Mayer com os da Feira Popular a favor da Bragaparques, o designado caso do Vale de Santo António "que levou a oposição a denunciar o projecto e a área de construção determinada para uma área que ainda não possui plano de urbanização, instrumento que determina o volume de construção na zona", lê-se.
Um autarca de outra zona do país é arguido num processo relacionado com a atribuição de um subsídio de 50 mil euros a um clube da terra tendo o Ministério Público formulado acusação contra ele por considerar que a verba foi usada para pagar dívidas do clube ao Fisco.
Ou seja, alegadamente, há autarcas deste país acusados por compromissos assumidos sobre áreas de construção sem que os índices de ocupação dos terrenos constem de planos municipais de ordenamento devidamente aprovados e publicados em Diário da República.
Alegadamente, há autarcas deste país, acusados pela atribuição de subsídios a clubes para que os mesmos possam regularizar as suas dívidas ao Fisco.
E se estão acusados é porque o Ministério Público acha que incorreram em ilícito criminal.
Confesso que não gostaria de ver o nome de Lagos associado a este tipo de práticas por parte dos seus autarcas. Mas estaria a mentir se não considerasse que, no nosso concelho, essas práticas não existem.
Lamentavelmente, existem práticas similares e pelos vistos, são ilícitas.
Resta-me a consciência tranquila de quem, em devido tempo, e pela positiva, avisou a navegação quanto aos riscos que decorreriam de tais deliberações, apesar da única coisa que recebi em troca ter sido o demagógico epíteto de "estar sempre do contra."
Se não me deram ouvidos, portanto, foi porque não quiseram.
Pelos vistos, estar "Pela Positiva" não é bem aquilo que alguns pensam.
PS: Miguel Frasquilho, economista e deputado eleito pelo PSD, disse na passada sexta-feira, no Fórum Novas Vontades, que também acha o mesmo que eu relativamente às contas da autarquia lacobrigense - "uma desgraça", disse.
PS2: Alberto João Jardim é uma figura anacrónica, gasta, ultrapassada. O povo da Madeira sabe perfeitamente disso. E o PSD também. Por isso, não é a Alberto João que se deve o resultado eleitoral da Madeira mas sim a Sócrates e a este PS autoritário que nos governa. Esses são os grandes perdedores das eleições na Madeira. Que aprendam alguma coisa com isso.

02 maio 2007

Miguel Frasquilho presente no Fórum Novas Vontades. “Finanças Públicas, Fiscalidade e Competitividade ” é o tema da Sessão.

O deputado e economista Miguel Frasquilho é a personalidade convidada da sexta sessão do Fórum Novas Vontades a realizar no próximo dia 4 de Maio, pelas 21H30, no auditório do Centro de Assistência Social Lucinda Anino dos Santos, em Lagos.
O ex-Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, actual deputado e membro da Comissão Especializada de Orçamento e Finanças da bancada do PSD na Assembleia da República, dedica a sua palestra ao tema “Finanças Públicas, Fiscalidade e Competitividade”.
A iniciativa, que contará igualmente com a presença de Mendes Bota, presidente do PSD/Algarve, é promovida pelo Partido Social Democrata de Lagos e apoiada pela estrutura política distrital.

Ver Nota de Imprensa do PSD/Lagos, aqui.