Insuspeito

Ambiente e Urbanismo. E-mail: nunomarques2009@gmail.com. Também no FACEBOOK, em www.facebook.com\nunomarques2009.

27 setembro 2007

Menezes no Algarve, 2007/09/26.

Ver reportagem da SIC/Notícias, aqui.
RECUPERAR TEMPO PERDIDO
Julgo que tenho capital de autoridade para avançar com novas propostas inovadoras, que defenderei se for eleito presidente do PSD. Um partido responsável e com ambições de poder governar pensa as questões estruturais com antecedência, como por exemplo a revisão constitucional de 2009. Infelizmente, não é isso que tem acontecido no PSD. Fizemo-lo no passado, com Francisco Sá Carneiro, e por isso lideramos o processo de democratização plena de Portugal, contra aqueles que estavam agarrados ao PREC.
Em 1982, com a revisão constitucional, acabámos com o Conselho da Revolução e colocámos um ponto final ao PREC – infelizmente, já sem a presença de Sá Carneiro. Em 1989, com a primeira maioria absoluta de Cavaco Silva, avançámos com a segunda fase do processo de modernização de um país saído da Revolução de Abril: a liberalização económica. Fizemo-lo contra toda a esquerda radical, defensora das nacionalizações, da reforma agrária, das UCP, da colectivização dos meios de produção, mas também o fizemos contra o PS.
O que seria de Portugal se não o tivéssemos feito? Um País eminentemente rural, pobre, isolado, sem infra-estruturas, transformou-se, em pouco mais de uma década num País onde a sociedade civil e o mercado puderam começar a respirar; onde se construíram centenas e centenas de quilómetros de auto-estradas, hospitais, universidades; modernizou-se a indústria, abriu-se à iniciativa privada os meios de Comunicação Social, etc.
O PSD foi marcadamente o partido de vanguarda desse tempo. Queremos continuar a ser um partido liderante do processo de transformação do País. Para isso, o PSD tem do mais ousado e mais arrojado, como o foi com Francisco Sá Carneiro e com Aníbal Cavaco Silva.
Não ter medo de fazer rupturas, de abalar o ‘status quo’, de agitar as águas mornas. Em 1992, no Congresso do Porto, defendi, em moção, o referendo à regionalização; defendi a adesão do PSD ao PPE; defendi o reforço da democratização interna do partido com eleições directas para os órgãos distritaise concelhios. Sinto que ousei abalar o Sistema e, por isso, fui atacado. Mais tarde, as lideranças do PSD abraçaram essas minhas propostas.
Julgo que tenho capital de autoridade para avançar, de novo, com novas propostas inovadoras e de rupturas, as quais defenderei se for, como espero, eleito amanhã presidente do PSD: é preciso reforçar o nosso sistema semipresidencial e os poderes do Presidente da República: os vetos presidenciais não podem ser ultrapassados, na mesma legislatura, em áreas como a Justiça, a Segurança Interna, os Negócios Estrangeiros, a Defesa. Só assim se evitará o absurdo do veto presidencial à reestruturação da GNR poder ser contrariado por maioria simples do Parlamento.
Continuo a defender a extinção da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, passando a existir uma Ordem e a auto-regulação das redacções. Defendo ainda a expurgação de toda a carga ideológica, com origem em 1975, da Constituição, e a eleição unipessoal dos presidentes de câmara. Esta é uma síntese de um programa que visa colocar outra vez o PSD na vanguarda do processo de modernização de Portugal, como aconteceu com Sá Carneiro e Cavaco Silva. É nisso que acredito.
Luís Filipe Menezes, 2007 - 09 - 27.
Artigo publicado no jornal Correio da Manhã.

24 setembro 2007

Menezes é bom para Portugal, e para o Algarve também.

Eu não apoio a candidatura de Luis Filipe Menezes só por ser 'contra' Marques Mendes. Seria demasiado redutor.
Marques Mendes teve a sua oportunidade. E poderia ter brilhado, tantas foram as hipóteses que o governo de José Sócrates lhe deu. Já mostrou do que é capaz mas, fundamentalmente, está à vista de todos aquilo que o actual presidente do Partido não é capaz de fazer.
É um líder que conhece bem o "aparelho" do partido e os seus canais de poder, mas não conhece as bases, os militantes de base, a sua forma de estar na vida nem a sua maneira de pensar e sentir o partido. Provou-o ao longo dos anos que já leva enquanto líder do Partido.
Não sendo carismático, acutilante nem combativo jamais poderá criar empatia com a base social de apoio do (PPD/)PSD.
Marques Mendes não serve ao Partido nem a Portugal, designadamente, por isto: porque o PSD tem de ser Oposição forte ao PS e porque uma Oposição fraca nunca obrigará o PS a ter um governo forte e competente, e é isso que interessa ao país, não o contrário.
Apoio Menezes porque tem para o país a visão arrojada que tem para o concelho de que é presidente da Câmara, porque é a favor da regionalização e dos círculos uninominais (duas reformas de organização do Estado e do Sistema Político que reputo de urgentes).
Apoio Menezes porque não é a favor da reconversão das SCUT em auto-estradas com portagem, encarando-as antes, tal como eu, como uma medida de discriminação positiva para determinadas zonas do país, Algarve incluído.
Apoio Menezes porque 'regionalização', 'círculos uninominais' e 'via do Infante sem portagens' são coisas demasiadamente importantes para o Algarve para que o PSD, o partido a que pertenço e pelo qual dou a cara como autarca, possa ter um líder que sabemos que se oporá a qualquer delas.
Apoio Menezes porque, tendo o curriculum profissional e político que tem, é alguém que, conhecendo o país profundo (médico e presidente de Câmara do terceiro maior concelho do país), será capaz de credibilizar a Oposição social-democrata e de fazer renascer as esperanças de criarmos uma alternativa política para discutir a vitória nas legislativas de 2009, ombro-a-ombro, com o PS.
Apoio Menezes porque, entra tantas outras diferenças com o actual presidente do Partido, com ele à frente do PSD, é Portugal que fica a ganhar com isso. E o Algarve também.

21 setembro 2007

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13 setembro 2007

Marques Mendes anseia portagens nas SCUT. Como é isso possível?

No seu discurso de encerramento da “Universidade de Verão”, o presidente do Partido Social Democrata (PSD) criticou José Sócrates por ter adiado a introdução de portagens nas SCUT, classificando de “recuo do Governo” o adiamento para 2008 da implementação de portagens nas “auto-estradas sem custos para o utilizador”. Enquanto autarca, militante social-democrata com responsabilidades nas estruturas local e distrital do Partido e, sobretudo, enquanto algarvio, nascido e criado, tenho a obrigação de contestar publicamente esta posição de Marques Mendes. Porquê? Porque entendo que o presidente do PSD continua a ser a favor da introdução de portagens nas SCUT, sem excepção para a via do Infante.
Faço-o em absoluta consciência, honestidade e coerência com aquilo que também fiz num passado não muito distante, aquando de anteriores governos de maioria PSD. Sem rebuço, na altura, também eu participei na manifestação anti-portagens que uniu os algarvios de todas as cores políticas na EN n.º 125. Voltarei a fazê-lo caso a actual “convergência de vontades” entre o Governo e este, ou qualquer outro, líder da Oposição se mantenha.
Faço-o também por solidariedade para com outros cidadãos portugueses que utilizam SCUT’s que vão passar a ter de pagar portagem porque há alguns políticos que pensam que é “injusto” que uns paguem para utilizar auto-estradas e outros não. Como se o país fosse, ou tivesse de ser, todo igual e como se não houvesse outras “injustiças”, disparidades ou desequilíbrios entre umas zonas do país e outras...
O caso algarvio – aliás, como alguns outros – é muito específico. Por muito que se tente fazer crer aos algarvios que a EN n.º 125 é, ou poderá vir a ser, uma alternativa de circulação à via do Infante, eu não acredito nisso. E, por isso, acho que quem defende a introdução de portagens na via do Infante desconhece a realidade da mobilidade na região. E desconhece o quotidiano das pessoas, o que é pior.
Numa altura em que o Governo do PS anunciou a sua intenção de “requalificar” a EN n.º 125 com o propósito, para mim claro, de mais tarde vir a chamar-lhe “alternativa” à via do Infante, e para poder colocar-lhe portagens – preparando-se para fazer aquilo que tão veementemente criticou quando era Oposição –, tudo o que o actual líder da Oposição tem para dizer é que essa decisão do Partido Socialista só pecará por tardia? Tal demonstra, se calhar, que para ele os interesses dos algarvios ou das populações do interior do país contam menos que os dos portugueses do litoral acima do Sado? Não acredito, mas Marques Mendes, porventura sem se dar conta disso, passa para o país essa ideia.
O líder do PSD terá inclusivamente recordado, na “Universidade de Verão”, que “há muito tempo que o Partido diz ser uma injustiça haver auto-estradas com e sem portagens” e que, “à custa das portagens nas SCUT seria possível baixar impostos”. Mas, o que sabe Marques Mendes do pensamento dos cidadãos algarvios sociais-democratas a esse respeito? Que mandato das bases tem Marques Mendes para ter chegado a tais conclusões? O Partido pensará assim? Não creio. Antes pelo contrário. A haver mandato de Marques Mendes a esse respeito, pelo menos no caso específico do Algarve, seria precisamente no sentido oposto.
A via do Infante, tal como a regionalização, são causas que unem a população algarvia. Ora, conhecida que é a sua irredutibilidade contra a regionalização e pró-portagens nas SCUT, sem excluir a via do Infante, só resta aos algarvios e, em particular, aos sociais-democratas do Algarve, contestá-lo nessas suas posições. Até porque, como se sabe, a via do Infante tem pouco de SCUT visto que mais de metade foi construída muito antes com um modelo de financiamento totalmente diferente desse (outro equívoco!).
Quanto à baixa de impostos e à sua relação com as portagens: com as receitas das SCUT talvez fosse possível aliviar a carga fiscal, porém, parece-me que esse é um raciocínio demagógico. Não pelo facto de ser ou não oportuno baixar impostos agora que o “défice” é combatido pelo corte no investimento público somado à “ditadura fiscal” e não pela redução da despesa corrente do Estado. Mas sim porque, nesta matéria, defendo que, para ganhar(?) alguns votos na franja litoral portuguesa, onde reside a maior parte da população, jamais justificará querer ganhar eleições – e governar – contra 400 mil algarvios nem patrocinar medidas que convidam à revolta ou ao abandono do interior do país por todos aqueles que sentirão na pele a introdução de portagens nas suas SCUT, forçando-os ao regresso às rodovias de segunda e terceira categoria que os governos lhes oferecem “em alternativa”.
Em conclusão, um estadista, seja ele quem for, não pode pensar assim.
Artigo publicado nas edições de hoje do jornal regional "Barlavento" (aqui) e do jornal online "Canallagos" (aqui).

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10 setembro 2007

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07 setembro 2007

dizem que são pela positiva I recusam discutir as nossas propostas I dizem que somos do contra I impõem aos cidadãos tudo como querem I 6498 votos não justificam governar contra 25398 lacobrigenses I é preciso saber ouvir os outros, dialogar, trabalhar em benefício de todos e não apenas de alguns I nunomarques2009@gmail.com

03 setembro 2007

Dizem, dizem. Digo. Diga-me.

Dizem que são 'pela positiva' mas impõem-nos tudo como querem sem dar cavaco a ninguém.
Dizem que 'somos do contra' mas nem aceitam discutir as nossas propostas.
Dizem que 'somos arrogantes' mas só ripostam com argumentos de ordem pessoal.
Dizem mais isto e mais aquilo e mais o outro...
Dizem quantos (apart)hotéis vêm para Lagos mas não dizem quantos mil apartamentos mais tiveram de aprovar por isso.
Também dizem verdades mas não dizem as verdades todas.
E eu digo: - Diga-me que gosta mesmo de Lagos e quer continuar com uma Câmara assim.