Insuspeito

Ambiente e Urbanismo. E-mail: nunomarques2009@gmail.com. Também no FACEBOOK, em www.facebook.com\nunomarques2009.

30 janeiro 2009

Baía de Lagos, património da Humanidade – um desígnio regional

Transformar Lagos, onde a Globalização começou, num exemplo para o mundo de um olhar novo sobre a Cultura, o Turismo e o Ambiente, a favor da prosperidade e justiça social, é um desígnio regional. E chegarmos a 2020 e termos a Baía de Lagos reconhecida pela UNESCO como património da Humanidade significará que a cidade e o Algarve provaram ser possível conjugar esforços e casar a Epopeia dos Descobrimentos com o Turismo sustentável e a defesa ambiental (e paisagística) costeira.

29 janeiro 2009

Lucas Pires - nome de rua da vila da Luz

Os vereadores sociais-democratas na Câmara de Lagos propuseram a atribuição de denominação toponímica com o nome de Francisco Lucas Pires a uma rua ou praça da vila da Luz, local do Município onde costumava descansar e passar férias.
A proposta, apresentada na última reunião da Câmara Municipal, foi aprovada por unanimidade dos membros da Autarquia eleitos pelas duas forças políticas aí representadas – PS e PSD.
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FRANCISCO LUCAS PIRES (n.1944 m.1998)
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Vinha descansar e passar as suas férias na praia da Luz, Vila da Luz, Lagos.
Segundo Vital Moreira, Francisco Lucas Pires “foi um dos fundadores da Constituição de 1976 e antecipou todas as suas soluções, sobretudo após a revisão de 1982 – nada escapou à sua visão antecipatória.” (in Diário de Notícias, 2008/09/07)
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Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra.
Foi deputado à Assembleia da República desde 1976 e durante 10 anos.
Foi coordenador geral da Aliança Democrática (1980) e membro do VIII Governo como ministro da Cultura e Coordenação Científica.
Foi presidente do CDS entre 1983/85 e no mesmo biénio eleito membro do Conselho de Estado.
Desenvolveu um trabalho meritoso no âmbito da política Comunitária, fazendo parte da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa desde a entrada de Portugal.
Foi presidente do Grupo Parlamentar Democrata Cristão e foi vice-presidente das Democracias Cristãs (UEDC) entre 1984 e 1986 e da União Democrática Internacional (UDI) entre 85 e 87.
A discordância quanto à política Europeia seguida pelo CDS levaram-no a sair do partido e a ingressar nas listas do PSD tanto para o Parlamento Europeu como para a Assembleia da República.
Produziu variadíssimos trabalhos abordando assuntos relativos à Constituição, ao Direito e à temática Europeia.
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In sítio electrónico do "Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra."

27 janeiro 2009

Notícia 'Edição Especial' (27/Jan)


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23 janeiro 2009

Fórum Novas Vontades na Vila da Luz

O PSD/Lagos promove, no próximo dia 28 de Janeiro, quarta-feira, pelas 21h30, nas instalações do Clube RCD Luzense, na vila da Luz, um debate sobre os problemas da comunidade local e perspectivas para o desenvolvimento do concelho.
As sessões enquadram-se no âmbito da segunda fase do Conselho de Opinião do PSD/Lagos, designado de "Fórum Novas Vontades" e contam com a participação de José Valentim Rosado.

22 janeiro 2009

Artigo de opinião publicado no 'Postal do Algarve' (22/Jan)

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Notícia DN (22/Jan)


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Leia mais sobre este assunto no 'Barlavento Online', aqui, no 'Observatório do Algarve', aqui, no 'Região Sul Online', aqui.

Notícia 'Postal do Algarve' (22/Jan)

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Entrevista ao jornal Notícias de Lagos (edição de Jan/09)

NL – Apresentou em 31 de Outubro a sua candidatura oficial pelo PSD à presidência da Câmara Municipal de Lagos, sendo assim o primeiro rosto e a primeira força partidária lacobrigense. Por que razão escolheu Outubro, em tempo de comemorações das festas da cidade e ainda a um ano das eleições autárquicas, quando não se conhecem outros candidatos para Lagos e distante das apresentações de outras candidaturas sociais-democratas?
NM – Os lacobrigenses sabem que andamos pelo nosso próprio pé e temos a nossa própria agenda política. Programámos essa data, entre o Verão e a época natalícia, para a apresentação da candidatura e acertámos em cheio. Tivémos a casa a rebentar pelas costuras e fizémos uma grande manifestação da social-democracia em Lagos como há muito não se via.
I
NL – Fez questão de desafiar Manuela Ferreira Leite, mas face ao silêncio da líder nacional laranja, parece ter-se “vingado” ao optar pela presença e alternativa do “rival” Pedro Passos Coelho?
NM – Nem sempre o que parece é. A Dr.ª Manuela Ferreira Leite foi convidada mas não pôde vir e, com naturalidade, ponderámos o nome doutras personalidades, entre as quais, Pedro Passos Coelho, que muito nos honrou com a sua presença. Não houve vingança nenhuma.
II
NL – Um jornal local fez eco negativo da sua candidatura, apelidando-a de segunda versão, considerando que já se tinha perfilado anteriormente a propósito da vinda a Lagos de Luís Filipe Menezes, ex-líder do PSD nacional. E ainda acusa Nuno Marques de alegados comportamentos menos adequados na apresentação da marca da sua candidatura. Estas notícias vieram de alguma forma denegrir a sua imagem e beliscar a sua candidatura às autárquicas 2009?
NM – Tudo o que esse jornal inventa sobre mim tem o objectivo de me diminuir e difamar. Mas, como é um jornalismo de ‘paparazzi’ e de sensacionalismos baratos, as pessoas não dão muito crédito. Muito estranho é que seja o único jornal que factura à Câmara cerca de 50.000€/ano, o que dá para desconfiar. E como tive coragem e denunciei essa flagrante desigualdade de tratamento da Câmara para com os outros órgãos de comunicação, passei a ‘ódio de estimação’ do seu director.
I
NL – À margem de hipotéticas polémicas, a noite de apresentação da sua candidatura mereceu sala cheia. Acha que a boa adesão serve de algum modo de barómetro à sua popularidade, pelo menos no partido, embora também se cogite que havia muita gente presente de fora do concelho de Lagos?
NM – O êxito que o jantar de apresentação teve foi mais uma prova de vitalidade, união e abrangência da nossa candidatura. E não teve mais gente porque não cabiam. Mais do dobro das pessoas eram de Lagos. E maior fosse a sala e mais gente de cá e do resto do Algarve teria lá ido. Fiquei muito contente com a adesão retumbante. É sinal de que as pessoas em geral têm apreço e simpatia por mim e pela nossa candidatura.
I
NL – Aproveitou a ocasião para anunciar o n º 2, Joaquim Rocha. Considera que é um trunfo especial devido ao facto de ser um rosto popular enquanto antigo dirigente da administração autárquica, figura do associativismo e jurista da nossa praça?
NM – Considero que sim. A credibilidade, experiência e o percurso de vida de Joaquim Rocha fazem dele uma excelente escolha para a vice-presidência. Poucas pessoas em Lagos reunem tantos atributos como ele para o cargo.
I
NL – Porém, não deu a conhecer a candidata n º 3. Será porque não conseguiu à data encontrar a mulher ideal para fazer parte da sua equipa, ou prende-se com a estratégia já definida para, na altura certa, noticiar os restantes candidatos aos vários órgãos autárquicos?
NM – Os primeiros quatro lugares da lista para a Câmara estão definidos. E, tal como Joaquim Rocha, as outras duas pessoas, cujos nomes serão tornados públicos em breve, possuem credibilidade, notoriedade e competência inquestionáveis.
I
NL – Pegando nos distintos órgãos a que o PSD se submete às urnas nas autárquicas de 2009, há quem cogite que ainda restam dúvidas acerca do futuro candidato à presidência da Assembleia Municipal, na expectativa de que Valentim Rosado aceite assumir tal candidatura em detrimento do actual líder da bancada laranja, Nuno Serafim. Como comenta?
NM – Face à estratégia que gizámos, a escolha do cabeça-de-lista à Assembleia Municipal não é uma prioridade no âmbito do processo de elaboração das listas. Temos tempo para pensar e amadurecer esse assunto.
I
NL – Valentim Rosado é uma referência do PSD local, ex-presidente da Câmara Municipal durante 12 anos, ex-Governador Civil do Algarve e primeiro lacobrigense a assumir este cargo, e parece que a sua popularidade ainda subsiste em Lagos. Acha credíveis certos rumores que correm por aí, ou serão apenas meros boatos para desestabilizar o PSD, a obstinação ou obsessão de Valentim Rosado de pretender ser de novo o candidato laranja à presidência da Câmara de Lagos?
NM – É uma boa graça... O que tenho a dizer sobre isso é que a candidatura está homologada pela Dr.ª Manuela Ferreira Leite. E que José Valentim votou a meu favor para candidato à Câmara. Tudo o resto são meras provocações.
I
NL – Nuno Marques afirmou na apresentação da marca da candidatura que não era apenas um candidato pelo PSD, mas que estava aberto às forças vivas, à abrangência “Por amor a Lagos”. Que sinais tem da adesão dos lacobrigenses em torno da sua candidatura?
NM – O projecto do PS está esgotado e as políticas de Júlio Barroso não criam riqueza. A dívida galopante, a falta de critério na despesa e a quebra acentuada das receitas provocarão feridas graves nas finanças municipais que exigirão medidas extraordinárias. Dos cidadãos ouço dizerem que estão cansados de promessas incumpridas e de ver o dinheiro dos seus impostos mal empregue em luxos e serventias. Há uma grande desilusão. As pessoas estão cansadas de serem discriminadas por não jurarem obediência ao senhor presidente. Os cidadãos estão ansiosos pela libertação do concelho desse tipo de amarras anti-democráticas. Isso, somado à credibilidade do nosso projecto, são os ingredientes de base que os levarão a confiar em nós e a optar pela mudança em Outubro próximo.
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NL – O recente episódio com o designado “Movimento Todos por Lagos”, não veio em má altura, acusando-o de aproveitamento partidário e de colagem às reivindicações dos comerciantes e residentes do Centro Histórico, e mesmo o já chamado ‘suicídio político’?
NM – Respeitamos muito o Movimento e partilhamos da sua indignação quanto ao efeito devastador que as obras dos parques de estacionamento estão a causar às vidas de tantos lacobrigenses. Mas é óbvio que não vamos deixar de dizer o que acharmos, quando o entendermos, pelo facto de ter passado a existir o Movimento. Tal como o Movimento não tem de nos pedir licença para agir. São organizações distintas e com esferas de actuação autónomas e assim vai continuar a ser.
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NL – À margem do polémico comunicado sobre a criação de uma entidade coordenadora para defesa e valorização do Centro Histórico, o PSD local e Nuno Marques, à Comunicação Social veiculam uma panóplia de notas de imprensa acerca das mais diversificadas matérias. As vossas denúncias, reivindicações, propostas e sugestões chegam ao eleitorado lacobrigense?
NM – As pessoas acham que cumprimos bem o nosso papel. E face aos meios de que dispomos, achamos que os resultados são bons. É importante referir que nós não nos servimos dos meios da Câmara para divulgar as nossas mensagens. Relevo também o vosso reconhecimento de que fazemos propostas e sugestões, o que significa que não somos uma Oposição de ‘bota-abaixo’ como diz o senhor presidente. É essa atitude construtiva e crítica que faz de nós uma Oposição séria e credível e uma candidatura preparada e capaz. Somos a única alternativa possível ao actual presidente da Câmara.
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NL – Do vasto pacote de comunicados do partido social-democrata, tomamos nota de alguns temas que estão na ordem do dia e que têm gerado polémica...
NM – ... É sinal que marcamos a agenda política. E se geram polémica é porque a mensagem chega às pessoas e que muitos identificam-se com aquilo que dizemos...
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NL – ... Enquanto político e na qualidade de urbanista, como analisa a ausência de PDM em Lagos?
NM – É possível pôr um novo PDM em vigor, amplamente participado, em seis meses a contar do dia da minha tomada de posse como presidente da Câmara. É isso que me proponho fazer. Depois, entendo que ter passado sete anos a apontar o dedo a outros Executivos e não ter conseguido pôr o PDM em vigor é algo que deveria fazer pensar duas vezes o senhor presidente antes de acusar quem quer que seja de ‘bota-abaixo’. A realidade é que, sem PDM, não há ordenamento na maior parte do território concelhio. A verdade é que a falta de PDM gera suspeições indesejáveis sobre a Câmara. É assim quando não há regras claras. Já para não falar do desprestígio que é sermos o único concelho do país sem PDM.
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NL – São muitas as críticas em relação ao já apelidado “vírus do betão” na Meia Praia e no Porto de Mós. Qual a sua visão sobre matéria tão sensível?
NM – A aposta para o futuro é a requalificação e a reconversão urbanística, não a expansão. Temos de parar de pressionar a nossa costa e defender a nossa excepcional paisagem. E não sermos hipócritas ao ponto de falarmos contra o ‘betão’ e, nas costas das pessoas, aprovarmos planos que prevêem o contrário. Se o senhor presidente é contra a construção no Porto-de-Mós, por que é que não suspendeu imediatamente o plano existente assim que chegou à Câmara? Poderia tê-lo feito, mas não fez. E quanto à futura urbanização da Fonte Coberta, com prédios de oito pisos? E à construção de prédios na “Horta Salvador Mateus”, dentro da área de protecção às Muralhas? Estão ambas previstas no novo PGU que o senhor presidente defende. Por isso é que eu não entendo quando o ouço acusar outros por causa do excesso de ‘betão’.
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NL – Outro caso que levanta celeuma prende-se com a reformulação da Doca Pesca. Afinal, sempre vai ser erguido um hotel com 12 pisos e que proposta tem o PSD para o Porto de Lagos?
NM – A proposta que defendemos para o Porto é a que foi alvo de consenso na Câmara, há dois anos, com a condição de construção de uma nova travessia pedonal entre as duas margens do canal. Agora, Júlio Barroso mudou de opinião e está a favor de um plano que prevê a cedência de um terreno público do Porto, sem concurso público, a uma respeitável empresa privada, para construir um hotel, no âmbito de um negócio do género do terminal de contentores de Alcântara, em Lisboa... Bem, já tinha assistido a muitas ‘cambalhotas’ do senhor presidente mas como esta ainda não tinha visto nenhuma!
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NL – A já famosa “derrapagem” na empreitada do complexo desportivo municipal levou mesmo a que o PSD de Lagos pedisse que o Vereador responsável abandonasse o respectivo pelouro, face à decisão do Tribunal de Contas que leva todo o executivo municipal a tribunal. Porquê a cabeça do vereador e não do Presidente da Câmara Municipal enquanto responsável máximo?
NM – É o vereador, e não o Presidente, que detém as competências da Câmara em matéria de empreitadas municipais. Seria natural que fosse ele a assumir as responsabilidades e a entregar o Pelouro que deixou de ter condições para ter.
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NL – Já agora, que balanço faz das empresas municipais ‘Lagos em Forma’ e ‘FuturLagos’?
NM – Faz sentido criar uma Sociedade de Reabilitação Urbana para recuperar e valorizar o Centro Histórico, as vilas e as povoações porque, sem a criar, o município não pode dispôr de certos instrumentos para reabilitar o edificado. Por isso, apostaremos numa empresa municipal desse género. Quanto às existentes, continuo a achar que Lagos não precisa das empresas municipais que tem e que pouco mais servem do que para encapotar dívidas e diminuir a transparência de processos de obras e contratos de milhões, por um lado, e para duplicar estruturas de recursos humanos, por outro.
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NL – O combate à pobreza parece ser ponto de honra e uma das principais prioridades do candidato Nuno Marques. Que diagnóstico fez sobre o concelho de Lagos e que medidas propõe para atenuar a crise e ajudar os mais desfavorecidos?
NM – O combate à pobreza deveria ser uma prioridade de todos, porque há dois milhões de pobres em Portugal, 100.000 no Algarve! O empobrecimento geral exige das Câmaras Municipais uma atenção e um esforço financeiro suplementar para acudir ao esperado aumento dos pedidos de auxílio. Interessa-me que a Câmara volte a trabalhar em conjunto com as IPSS e tenha uma política que garanta a igualdade de acesso a tais benefícios a todos quantos precisem de ajuda, o que hoje não acontece. Depois, a política social municipal não pode limitar-se ao assistencialismo. É preciso ambicionarmos reintegrar as pessoas na sociedade, ajudá-las a ter ou a recuperar o seu auto-sustento. E garantirmos os meios financeiros para tal prioridade política, o que implica gastar melhor e com critério cada cêntimo do dinheiro público. A propósito, o colapso financeiro da Santa Casa da Misericórdia, consequência do mesmo tipo de gestão que Júlio Barroso faz na Autarquia, é um alerta muito sério àquilo que pode acontecer às finanças da Câmara Municipal.
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NL – Ainda a propósito da crise que atravessamos, que medidas tem em carteira para acudir e depois potenciar as empresas locais, e ao mesmo tempo atrair novos investimentos para Lagos?
NM – Como é óbvio, não compete à Câmara resolver a crise mundial. Mas se este Executivo tivesse cumprido os seus compromissos na área económica e se o Município seguisse a política fiscal que defendemos, hoje estaríamos muito melhor preparados para enfrentá-la. Entre outros, foi um erro não ter avançado com os parques industriais de Bensafrim, Almádena e Odiáxere ou com a ampliação do parque do Chinicato. Como medida de urgência, ter adiado as obras dos dois parques de estacionamento seria a opção mais lógica e vantajosa para todos: para as empresas, que não sofreriam tantos prejuízos, e para a Câmara, que não concentrava tantas dívidas. Independentemente da crise, nos casos em que as obras públicas afectam as empresas e o emprego, a minha visão é que devêmo-las compensar, por via dos impostos municipais e das tarifas de água, ocupação da via pública ou outras. É assim que acontece por essa Europa fora.
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NL – Como interpreta a vinda de mais de uma dezena de empreendimentos turísticos para Lagos?
NM – Espero que sejam mais do que anúncios. Veja o que aconteceu com o ‘Projecto Eriksson’... E também espero que haja financiamentos para os construir e clientes suficientes para tantos hotéis. É que, no Algarve, a hotelaria de quatro e cinco estrelas é um dos tipos de empreendimento que regista maiores quebras... A nossa promoção turística também não está a resultar e essa é outra política que vamos mudar. É preciso uma estratégia própria e consistente de promover o concelho. Não é despejando dinheiro avulso em publicidade, como a Câmara fez no Autódromo, que vamos conseguir bons resultados. Vamos voltar a trabalhar esse e outros dossiês no âmbito intermunicipal, em conjunto com Aljezur e Vila do Bispo, e dar outro impulso à Associação Terras do Infante.
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NL – E quanto às anunciadas grandes superfícies para o Município lacobrigense, o que é que tem a dizer disso?
NM – A construção, em Lagos, de um Centro Comercial do tamanho do da Guia e de um Retail Park, no Chinicato, é um disparate. Esse tipo de grandes superfícies matam as cidades e não criam riqueza. Os estudos apontam para que, por cada emprego criado, precário e de baixa remuneração, perde-se uma loja e quatro empregos no comércio local. À custa disso, as cidades ficam moribundas, sem animação, sem comércio, sem vida alguma. Portimão também apostou muito nas grandes superfícies e shoppings mas as consequências não são as melhores: neste momento é o concelho líder do desemprego na região! Portanto, não será com o meu voto que o mesmo acontecerá em Lagos.
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QUESTINÁRIO RELÂMPAGO
NL – Embora ainda a pouco menos de um ano das autárquicas de 2009, em que temos agendadas entrevistas e reportagens pontuais com todas as forças políticas e onde emergirão novos desenvolvimentos políticos, entendo, no entanto, ser oportuno desafiá-lo para um questionário relâmpago:
1 – Acha mesmo que tem condições para que o PSD retome o poder em Lagos?
Acho que sim. E não me considero um ‘extra-terrestre’... Em 1989, o PS também afiançou que ganhava ao PSD por cinco vereadores a dois mas, no fim de contas, perdeu as eleições.
I
2 – Ficaria mais aliviado se, por ventura, Júlio Barroso não se recandidatasse?
Quem disse que estou aflito com o facto dele se recandidatar?
I
3 – Diga lá, em abono da verdade, se o executivo socialista não realizou algumas obras importantes para Lagos ao longo de dois mandatos?
Em abono da verdade, não só fez algumas obras importantes como deixará uma herança importante de dívidas para nós, os nossos filhos e os nosso netos pagarem, se entretanto não tiverem emigrado.
I
4 – O que é que espera das queixas que o PSD apresentou à IGAT, IGAL ou ERC contra o Executivo socialista liderado por Júlio Barroso?
Espero que, pelo menos, se faça justiça em tempo útil que é algo que, infelizmente, é raro acontecer em Portugal.
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5 – A CDU diz que tem condições para retirar a maioria absoluta ao PS. Considera que uma CDU mais forte favorece o PSD?
A esquerda verdadeira e séria não está representada em todos os órgãos municipais e é importante que volte a estar. Uma CDU e um Bloco de Esquerda fortes favorece Lagos e a qualidade da Democracia local.
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6 – Acha que tantas polémicas partidárias, locais e nacionais, e a crescente descredibilidade da classe política apontam para a subida da abstenção?
Acho que sim, mas não enfio a carapuça de guerrilheiro político nem de contribuinte da descredibilidade da classe política.
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7 – Manuela Ferreira Leite ou Pedro Passos Coelho?
Gostava de ver Pedro Passos Coelho à frente do PSD.

19 janeiro 2009

Lagos: PSD diz que auditoria à câmara detecta 50 milhões de euros de dívidas não contabilizadas

«A auditoria externa às contas do primeiro semestre da Câmara Municipal de Lagos detectou a existência de 49.190.000 euros de compromissos financeiros não relevados contabilisticamente», compromissos que decorrem de contratos-programa com a empresa municipal ‘Futurlagos’, lê-se no comunicado do PSD de Lagos.
Leia mais no 'Sol Online', aqui, no 'Barlavento Online', aqui, no 'Canallagos Online', aqui.
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16 janeiro 2009

Notícias 'Postal do Algarve' (15/Jan)

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15 janeiro 2009

João Neves, dono do "Refúgio do Marujo" e do Museu do Barco, em Barão de S. João, Lagos. Segunda entrevista à rádio "Antena 1", programa "Lugar ao Sul" (10/Jan/2009). Para ouvir clique aqui. Clique na imagem para ampliar.
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Antiga traineira 'Donzela' de Lagos

'Nós por cá em Lagos' (SIC, 14/Jan)

Realojamento dos bairros SAAL da Meia-Praia.
Veja os vídeos, aqui e aqui.

11 janeiro 2009

Câmara de Lagos gasta 2200 euros/dia em despesas de representação, ofertas e publicidade

A Câmara Municipal de Lagos fechou o ano de 2008 com uma perda de receitas na ordem dos 7,85 milhões de euros em comparação com o ano anterior e um crescimento das despesas de funcionamento superior a 13,5%. No total, as despesas foram superiores às receitas em mais de 7,5 milhões de euros.
Numa altura em que o país está em recessão e em que as condições sociais e económicas agravam-se de dia para dia, fechar as contas com grave perda de receitas e aumento dos gastos de funcionamento em 4,46 milhões de euros, é algo que reflecte bem o desastre desta gestão municipal.
CONTAS
Com base nos dados de Novembro, a Câmara gasta, em média, 514 euros/dia em material de escritório, 1063 euros/dia em telefones e outras comunicações, e cerca de 2200 euros/dia em despesas de representação, ofertas e publicidade.
OUTROS BENS E SERVIÇOS
A rubrica ‘outros bens e serviços’ registava, em Novembro, 3,29 milhões de euros, o equivalente a compras indiscriminadas a fornecedores à média de 9.870 euros/dia.
Leia mais no 'Canallagos', aqui, na 'Voz das Freguesias Online', aqui, no 'Barlavento Online', aqui.

10 janeiro 2009

Notícia 'Barlavento', 8/Jan

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07 janeiro 2009

DESEMPREGO: Portimão é 'campeão' da região. Notícia CM, aqui.

06 janeiro 2009

Notícia 'Correio da Manhã' (6/Jan)

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Leia mais no 'Canallagos', aqui, no 'Barlavento Online', aqui.

Algarve com apenas um quarto da capacidade hoteleira ocupada em Dezembro

Por zonas geográficas, as maiores descidas verificaram-se nas zonas de Vilamoura/Quarteira/Quinta do Lago (menos 30,3 por cento), Carvoeiro/Armação de Pêra (-25,3 por cento), e ainda Lagos/Sagres (-11,5 por cento).
Leia a notícia do 'Barlavento Online', aqui.

05 janeiro 2009

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(Publicado na edição de 1 de Janeiro do jornal "O Algarve")

03 janeiro 2009

Lagos desaproveita 20 milhões de investimento e 400 novos postos de trabalho em tempo de recessão

Campo de Golfe de Espiche
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Um campo de golfe de um empreendimento turístico situado perto da povoação de Espiche, em Lagos, cuja construção foi autorizada pela Autarquia, está construído e em condições de entrar em funcionamento mas a Câmara Municipal considera-o “irregular” e não quer reconhecê-lo como estando devidamente licenciado.
O moderno campo de golfe de 18 buracos foi licenciado pela Autarquia em 1994 e, pese embora tenha sido objecto de embargo pela CCDR–Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, por pretensa desconformidade com o PROTAL (embargo que entretanto caducou), as obras prosseguiram normalmente até à sua conclusão.
Além da viabilização de um empreendimento turístico importante para Lagos e da criação de cerca de 400 novos postos de trabalho (directos e indirectos), em tempo de forte crise e desemprego, está posta em causa a boa imagem da Autarquia e do Estado enquanto pessoas de bem.
PS1: A propósito do meu último post e da proliferação de shoppings no Algarve, segundo o 'Expresso' de 3 de Janeiro (pág. 11, I Caderno) "Em Portugal, em 2008, fecharam pelo menos 11 mil estabelecimentos comerciais, segundo dados da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal."
11000 estabelecimentos fecharam e, pelo menos, 22000 empregos extinguiram-se. Dá-nos que pensar. Ou não!?
PS2: Na mesma edição e Caderno do 'Expresso', Sousa Tavares remata o seu artigo semanal dizendo que "o pior que pode acontecer a alguém em Portugal é ter razão contra os interesses instalados." Mas isso é tema para outra conversa.