Insuspeito

Ambiente e Urbanismo. E-mail: nunomarques2009@gmail.com. Também no FACEBOOK, em www.facebook.com\nunomarques2009.

31 julho 2010

Governo empurra não algarvios e estrangeiros para a EN125

Se alguém imaginava que a época estival corresponderia a um período de interrupção do melodrama em que se tornou o tema "portagens nas SCUT", desenganem-se porque as afirmações do Secretário de Estado Paulo Campos (um dos responsáveis governamentais que, ao lado de José Sócrates, há pouco tempo, calcorreou o Algarve a enganar-nos com as promessas do Governo de requalificação da EN125) provam exactamente o contrário. (Ver notícia do Observatório do Algarve, aqui).
Desesperado à procura de dinheiro para tapar o buraco orçamental para onde conduziu o país nos últimos anos, sabe-se agora da novidade que é a última decisão governamental sobre as SCUT: residentes na região não pagam portagens, não residentes, portugueses ou estrangeiros, pagam.
"Quem não quer pagar que vá circular para a EN125", parece dizer o porta-voz do Governo, Paulo Campos.
Sem qualquer requalificação, ao contrário do prometido, e com muitos troços cujo estado de conservação envergonha pela insegurança e avançado estado de degradação, a manter-se a proposta do Governo, esta é, ao mesmo tempo, uma candidatura para recuperarmos para o Algarve a má fama de outros tempos de termos entre nós a estrada campeã da sinistralidade a nível europeu.
Mais um belíssimo atentado do PS à imagem externa do país e à economia regional, portanto.

27 julho 2010

Câmara paga 410 mil euros de indemnização a construtora e isso é "absolutamente normal"? (notícia 'O Algarve', 22/Jul)

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26 julho 2010

Os cidadãos dizem de sua justiça (jornal 'O Algarve' - 22/Jun)

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20 julho 2010

Lagos ‘after Maddie’


“Empresário foi morto à pancada”, “Tinham 10 filhos a vender droga”, “Mata mulher e faz desaparecer a filha”.
Estes são dos mais fortes ecos mediáticos que têm chegado aos cidadãos via Imprensa, TV, Rádio e Internet referentes ao Verão em Lagos.
Felizmente que aos jornais ainda chegam muito poucos ecos da violência nocturna, nas suas mais diversas formas, e cujos sinais fazem-se bem notar em rastos de sangue que todas as manhãs encontramos nos passeios da cidade, consequência do Álcool, das Drogas e de todo o ‘Rock-and-Roll’ abundantes nas ruas e que, ano após ano, parecem atrair cada vez mais jovens ‘back-packers’ a Lagos para dormirem por 15-20 euros/noite num dos muitos beliches baratos que lhes oferecem as unidades de alojamento local que florescem e alastram em mancha de óleo pelo centro histórico.
Também é possível dormir à borla e prolongar a estadia, Verão dentro, se o hóspede se dispuser a passar uns ‘flyers’ ou a despachar uns ‘shots’ num dos muitos bares da cidade onde são precisos, tantas vezes à margem de contrato de trabalho, descontos à Segurança Social, pagamentos de impostos às Finanças, na mais pura das clandestinidades e concorrências desleais para com todos os outros que não utilizam expedientes desses.
O que estes recorrentes sinais de violência e decadência provam é que tem sido insuficiente o que temos feito para tornar Lagos um destino turístico “de qualidade”.
Uma nova esquadra de polícia e algum policiamento mais ajudará mas é curto.
A questão é de fundo e diz respeito ao Governo, à Câmara Municipal, à ASAE, às Finanças, às polícias.
Mas sem um envolvimento real dos cidadãos de Lagos e dos empresários locais, os nacionais e os estrangeiros, tudo ficará bem mais difícil.
Continuarmos como até aqui significa desaproveitar e desperdiçar a potencialidade da nova oferta hoteleira e todos os investimentos municipais que, directa ou indirectamente, sirvam para qualificar o sector turístico, tão fortemente proeminente na nossa economia local. E tão determinante do nosso futuro que ele é.

15 julho 2010

Polis-Frente Ribeirinha: pensava eu que já tinha assistido a tudo o que de grotesco poderia assistir...


A obra do programa Polis, de requalificação da Frente Ribeirinha, tem seguramente um lugar reservado na história do município de Lagos. Por poucas boas razões e, sobretudo, por muitas más razões.
Há dez anos, aquando da candidatura municipal ao Programa Polis, Lagos e o então Executivo de José Valentim estariam longe de imaginar o que se seguiu.
Houve inexplicáveis adiamentos da empreitada, o projecto escolhido em concurso público não é, afinal, o que acabou por ser executado, a empreitada foi aceite pela Câmara sem estar terminada (basta ir ao sítio e ver com os nossos próprios olhos que há trabalhos por fazer), a vontade da população sobre o futuro da zona foi simplesmente ignorada pelos responsáveis autárquicos sob a mentirosa ameaça emocional da perda dos fundos comunitários, etc, etc, etc.
Imperaram a Mentira, a Trapalhada e o Disparate. Atropelos, das mais variadas formas e em todas as dimensões da empreitada, não faltaram.
Até ao último dia do ano passado, altura em que foi simulada a conclusão da obra para que a Câmara pudesse receber a respectiva comparticipação financeira comunitária, numa altura em que estava longe de estar concluída, pensava eu que já tinha assistido a tudo o que de grotesco podia assistir no processo daquela desgraçada obra pública.
Mas não. Afinal, não tinha.
Na última reunião de Câmara, a pedido da empresa empreiteira, note-se, o senhor presidente e os eleitos municipais pelo Partido Socialista, com a maior das naturalidades que possam imaginar, tomaram a incrível decisão de indemnizar a empreiteira da obra ‘ACA’ em mais de 410 mil euros.
Razão: porque a Câmara decidiu eliminar uma fase da empreitada inicialmente contratada.
Coincidentemente, a mesma fase que o mesmo Executivo PS decidiu, entretanto, pagar a outra firma para realizá-la. Ou seja, assim, pagámo-la em duplicado, acrescida de mais custos de mão-de-obra e materiais não utilizada e lucros da empreiteira não obtidos.
Moral da história: eliminámos uma fase e indemnizámos quem estava contratado para a fazer; entretanto pagámos a outra empresa para fazer a mesma fase; logo a seguir, declarámos a obra oficialmente terminada, sem que o estivesse; pagámos muito mais do que devíamos e, ironia das ironias… ainda a obra está por acabar! Estranho, tudo isto, não?
O que aconteceu então? Que responsabilidades se apuraram por tão flagrante e tão cara penalização dos cofres municipais e dos contribuintes? Como foi possível chegarmos ao ponto de aceitarmos pagar quase meio milhão de euros de euros a uma empresa empreiteira sem que a obra sequer esteja concluída?
Quem assume efectiva e voluntariamente as suas (ir)responsabilidades?
A estas e a outras questões suscitadas pelos vereadores sociais-democratas na reunião de Câmara, o senhor presidente respondeu evasivamente com um fraco ‘mea culpa’ -“a obra correu mal”, “a relação com o responsável pelo projecto foi muito difícil”, disse. Ou com ‘pérolas’ deste género: “esta foi a maneira que encontrámos de pôr um ponto final nisto e vermo-nos finalmente livres da ACA!”.
(Vá lá, não ter dito que a culpa era do PSD, ainda foi uma sorte!?)
Num Estado de Direito, como pretende ser o nosso, não é suposto responsabilizar os culpados por tão flagrantes delitos de cidadania e atentados à nossa inteligência? Ou os culpados por isso, quando pessoas honradas e de carácter, assumirem as suas responsabilidades e demitirem-se dos cargos públicos que ocupam por comprovada falta de competência para o seu desempenho?
I
Imagem: CML.

12 julho 2010

PS desafinado contra as portagens

O PS de Lagos tem custado a encontrar-se sobre a intenção do Governo de introduzir portagens na Via do Infante.
Primeiro foi a senhora vice-presidente a dizer publicamente que hoje tem uma opinião diferente sobre a questão do que a que tinha em 2004 quando o PSD era Governo.
A seguir, foi o Grupo socialista na Assembleia Municipal a chumbar uma Moção da CDU contra a introdução de portagens, a qual foi votada favoravelmente por todas as outras bancadas.
Depois foi o senhor presidente da Câmara a votar ao lado dos outro quinze presidentes algarvios, na AMAL, contra a introdução de portagens.
Agora foi a posição da AMAL, desfavorável à introdução de portagens e muito idêntica à apresentada pela CDU na referida Assembleia Municipal, a ser votada unanimemente, na última reunião da Câmara, por proposta dos vereadores sociais-democratas...
Ora, que a questão é incómoda, lá isso é.
Mas tanto desencontro numa questão em que o PS regional definiu a sua posição contra a do Governo, desde o início, é caso para dizer: "não havia necessidade!"

08 julho 2010

Não à introdução de portagens na Via do Infante!

Não à introdução de portagens na Via do Infante!
Porquê:
a) Porque a construção da Via do Infante, na maior parte do seu traçado, não foi financiada através do modelo SCUT mas sim, muito antes da criação dessa fórmula de financiamento de construção de auto-estradas, pelo então ministro das Obras Públicas, eng.º João Cravinho (PS), através do recurso ao financiamento comunitário;
b) Porque a Via do Infante nem sequer reúne os requisitos técnicos para poder ser considerada uma Auto-Estrada, designadamente, pelo nível da largura do separador central ou das faixas laterais (bermas);
c) Porque o grande propósito da construção da Via do Infante foi o de constituir uma alternativa à esgotada e mortífera EN 125;
d) Porque, não obstante a redução da sinistralidade, segundo dados actuais do Ministério das Obras Públicas, na EN 125 continuam a morrer, em média, 30 pessoas por ano, o que significa que é a segunda estrada mais mortífera do país;
e) Porque, não obstante a, há muito anunciada pelo Governo, obra de requalificação da EN 125 (a qual muito tarda em sair do papel para o terreno), todos os algarvios sabem que não há, nem haverá depois disso, qualquer alternativa, viável e credível, à Via do Infante, atendendo às características preconizadas nos estudos de base que se conhecem referentes à obra de requalificação da EN 125;
f) Porque a Via do Infante é a única estrada longitudinal do Algarve, de características interurbanas, que liga uma ponta da região à outra, e que forçar, por via do agravamento dos custos da circulação de pessoas e mercadorias, à utilização da EN 125 –requalificada ou não– voltará a provocar o congestionamento rodoviário e, certamente, o aumento da sinistralidade, o que significará, na prática, um retrocesso de 25 anos no sistema de comunicações rodoviárias da região.
Em suma, porque a anunciada medida governamental é de uma significativa gravidade para o quotidiano e condições de vida dos cidadãos e empresas, para a economia regional (profundamente deprimida) e para os algarvios em geral.

05 julho 2010

Diário de Notícias (3/Julho)

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01 julho 2010

Descanso

Até domingo encontro-me a exercer o meu direito constitucional ao descanso... ;-)