Insuspeito

Ambiente e Urbanismo. E-mail: nunomarques2009@gmail.com. Também no FACEBOOK, em www.facebook.com\nunomarques2009.

31 agosto 2010

La Fura dels Baus soube mesmo a muito pouco…


Notícia do jornal "Correio da Manhã", edição de 31/Ago
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E sabendo-se que o valor total a pagar pelo espectáculo foi de 150.907 euros, dos quais 43.600 euros, acrescidos de um conjunto significativo de outros serviços (se calhar de valor equivalente...), competiu à Câmara Municipal de Lagos (ver, em baixo, os excertos do protocolo com o Turismo do Algarve), o amargo de boca é ainda maior…
NOTA: Abaixo, as obrigações do Município de Lagos decorrentes do Protocolo de colaboração entre o Município de Lagos e o Turismo do Algarve para o espectáculo de animação de rua do ‘Grupo La Fura dels Baus’.

Protocolo de colaboração entre o Município de Lagos e o Turismo do Algarve para o espectáculo de animação de rua do ‘Grupo La Fura dels Baus’

Excerto da página 2
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(Cont.)

Excerto da página 3Clique na imagem para ampliar

30 agosto 2010

Que Estado é este?

Que Estado é este?
Que Estado é este que cria organismos, lugares, empregos para os 'boys' e para as 'girls', decreta-lhes competências mas não quer saber de lhes dar os recursos para as exercer, nem os quer responsabilizar da forma como (não) agem?
Que Estado é este, que organismos desconcentrados são estes, que têm a obrigação de fazer mas mandam os outros pagarem o exercício das suas competências?
Que Estado é este em que uma notícia de uma página de jornal merece-lhes mais respeito do que uma educada solicitação de um eleito local?
Que Estado é este que não confia num presidente de Junta de Freguesia para arrumar umas pedras e uns calhaus ao canto de uma praia?
Que Estado é este que demora meio ano a responder a um simples e-mail de uma Autarquia?
Que Estado ridículo é este, afinal?
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Na foto, a contar da esquerda: Eng.ª Valentina Calixto, presidente da ARH-Algarve e o primeiro-ministro, José Sócrates.

26 agosto 2010

La Fura dels Baus - Lagos, 29/Ago, Av. dos Descobrimentos

Simplesmente, imperdível!
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23 agosto 2010

Acesso à Meia-Praia: o pesadelo vai continuar

Os factos repetem-se. Ano após ano, no Verão, todos os dias é quase sempre a mesma coisa – para sair da Meia-Praia e chegar a Lagos repetem-se as filas de trânsito.
O problema há muito que está identificado e tem que ver com o facto do esquema de trânsito do sistema Lagos-Marina-Meia-Praia continuar ‘pendurado’ num único ponto, o entroncamento do sítio da Ponte, o qual, por sua vez, encaminha o tráfego para a rotunda do hotel S. Cristóvão, cujo escoamento, em alturas de pico, também é difícil.
A situação tende a agravar à medida que o número de fogos e alojamentos turísticos na Meia-Praia aumentar.
A solução, essa, há muito que está identificada e constitui proposta do PSD/Lagos (ver medidas números 31 e 42 do N/ programa eleitoral, aqui).
Construir a nova via de ligação da EN 125, Telheiro-alto da Albardeira/Caliças (depósito de água) e, simultaneamente, construir a nova ponte pedonal e ciclável sobre a ribeira de Bensafrim, ligando o centro de Lagos ao lado sul do Porto de Pesca.
Entretanto, a actual maioria autárquica (dando corpo às ideias da sua elite pensante?), já descartou qualquer hipótese do novo Plano de Urbanização de Lagos prever algum desses novos acessos, pelo que, o pesadelo de sair da Meia-Praia pelo único acesso possível (as alternativas são anedóticas) continuará.
Até que, um dia, a razão impere contra alguns estranhos interesses escondidos por uma recorrente retórica balofa e o verdadeiro interesse público prevaleça...

"in" jornal Sol (14/Ago)

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19 agosto 2010

'Desequilíbrio Financeiro Estrutural' bate à porta da Câmara Municipal de Lagos

Questionado pelo meu colega vereador José Reis a propósito do montante actual das dívidas da Câmara Municipal de Lagos a fornecedores (equivalente a 17,6 milhões de euros no final de Julho), e sobre a necessidade de eventual ponderação de novo empréstimo para regularização de dívidas, o presidente da autarquia Júlio Barroso, acabado de chegar de férias e com renovado look, respondeu que não. Mas não se ficou por aí.
A dada altura da sua resposta, sempre foi dizendo que a entrada do Município em processo de saneamento ou reestruturação financeira, "apesar de ser um cenário distante, não está fora de questão". (Lembrei-me logo do exemplo da nossa Câmara vizinha de Portimão...)
E quão diferente foi o tom e a forma da sua resposta de ontem se comparada às de há um ano atrás quando ripostava ao PSD/Lagos, o primeiro a afirmar que a ruptura financeira estava próxima e que tal iria conduzir, inevitavelmente, à entrada do Município em processo de reequilíbrio financeiro para saneamento das contas municipais (a esse propósito, e para rever a medida n.º 95 do nosso Programa Eleitoral, clique aqui).
"Cenário distante", foi o que disse? Sim, foi o que disse Júlio Barroso.
Até pode ser, mas só se for por sua teimosia e recusa de tomar imediatamente as medidas que se impõem e que vão sendo, incompreensivelmente, adiadas. Até agora, a pretensa e anunciada 'austeridade municipal' não tem revelado estar à altura da gravidade da situação.
É que falta muito pouco para que a dívida a fornecedores atinja 50% das receitas totais do ano passado.
E se essa mesma dívida tem crescido à razão de aproximadamente um milhão por mês, e se falta cerca de 1,72 milhões para chegar àquele valor, daqui por três meses, caso a situação não se inverta, como é lógico, Lagos cumprirá os requisitos da Lei das Finanças Locais que exigem a adopção de um Plano de Reequilíbrio Financeiro, consequência da situação de desequilíbrio estrutural em que (quase, quase) nos encontramos.
Para acudir a essa situação dramática para onde o PS, em Lagos irresponsavelmente nos conduziu nos últimos nove anos, a minha candidatura sabia o que tinha de fazer caso ganhasse as Autárquicas em 2009. Não rendia votos dizê-lo naquela altura mas dissemo-lo às populações com seriedade e sem faltar-lhes com toda a verdade.
E quanto ao PS? Saberá agora o que fazer e demonstrará ser suficiente sério para, de uma vez por todas, dizer aos lacobrigenses que lhes tem escondido a verdade quando lhes diz que estava, e que continua a estar, tudo 'absolutamente normal'.
E quanto ao que os nossos cartazes diziam?
Seria assim tão insultuoso para o PS o que dizíamos ao Povo há um ano atrás?

Excerto do Relatório da Situação Económica e Financeira da Autarquia de Julho/2010

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17 agosto 2010

Indemnização à ACA dava para pagar um ano de subsídios aos clubes

O pedido de indemnização de 410.000 euros, exigido pela empresa ACA, empreiteira do programa Polis de requalificação da Frente Ribeirinha de Lagos, que a Câmara Municipal concordou pagar, chegava e sobrava para cobrir um ano de subsídios aos clubes desportivos do concelho (para ver a tabela com os valores totais dos subsídios concedidos pelo Município aos clubes do concelho para o ano de 2010, clique aqui).
Que é o mesmo de dizer que a falta de competência do Executivo Municipal na gestão da rocambolesca e inacabada obra do Polis na Frente Ribeirinha de Lagos custam mais do que um ano de subsídios aos clubes, curiosamente, algumas das entidades a quem a Câmara Municipal, há dois anos consecutivos, não para de dizer que não tem dinheiro...
E alguns ainda têm cara para dizer que a culpa da Câmara não ter dinheiro para satisfazer os seus compromissos é da Crise e de toda a gente menos do PS/Lagos?
E os partidos de Lagos, o que têm a dizer sobre mais esta página digna do livro negro da gestão PS/Júlio Barroso?
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Ver notícia do 'Barlavento Online', aqui.

13 agosto 2010

Barão de São João "da costa alentejana"!?

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O jornal ‘I’, de 12 de Agosto, dedicou duas das suas 56 páginas à edição de um artigo do New York Times, traduzido para português, que teve honras de primeira página naquele importante jornal norte americano, e no qual é dado o caso português como um exemplo de vanguarda, a nível mundial, no domínio das energias renováveis.
Como bem refere Manuel Queiroz no seu editorial , “Nenhum governo português tem o direito a muitos elogios do NYT, pela singela razão de poucas vezes o jornal de Nova Iorque dedicar espaço às coisas deste canto da Europa.”
Por isso, a razão porque isso é uma agradável notícia entre nós é dupla: porque é raro dedicarem-nos atenção e porque é ainda mais raro darem-nos atenção pelo facto de liderarmos alguma coisa pelas melhores razões e não pelas piores como tem sido, infelizmente, a regra.
Naquele artigo, lê-se no título, “Portugal serve de exemplo aos EUA nas renováveis”. E o título diz mesmo quase tudo.
Na referida peça, escrita por Elisabeth Rosenthal, são dados os exemplos da central fotovoltaica da Amareleja e também do parque eólico de Barão de São João, apontado como “a maior central eólica a sul de Lisboa”.
No artigo, até aparece citado o agricultor de Barão de São João, José Cristino que diz: “Bem sei que [o parque eólico] é bom para o país porque é energia limpa e é bom para os proprietários que receberam dinheiro, mas a mim não trouxe nada de bom” (…) “estou sempre a olhar para estas coisas, dia e noite” (…) “90% da aldeia opôs-se à central eólica.”
Mas não pensem que é de Barão de São João, de Lagos, do Algarve, que a peça fala. “Barão de São João era uma aldeia adormecida da costa alentejana”, está escrito. Da costa alentejana!?
“Adormecida“ou não (e não tendo sido a construção do parque eólico que a terá despertado), é evidente que a jornalista americana desconhecerá que Barão de São João é em Lagos, no Algarve e não na costa alentejana.

E, bem vistas as coisas, no contexto americano em que o artigo foi publicado, isso até nem será muito relevante para o tema de que versa (lembremo-nos de que, para a maioria dos norte-americanos, Portugal até será uma província de Espanha e não um estado soberano)…
Menos desculpável, porem, é o 100% lusitano jornal ‘I’ nem sequer dedicar uma nota de rodapé ou uma frase do Editorial a corrigir o erro.

09 agosto 2010

“Gramofone” - Britcom à moda do Algarve


“Nesta página não há notícias”, é a célebre frase que sai do megafone soprada por uma simpática figura ‘engravatada’ que, bufando com vigor, desfralda aquelas letras, sabiamente ordenadas, aos puros ventos da boa disposição. Quinta-feira após quinta-feira, há muitos anos que é assim, na página número 5 do jornal ‘Barlavento’.
A rubrica, semanal como o jornal, chama-se “Gramofone” e não “Megafone” como seria natural, fosse aquela página alguma das outras que o periódico dedica às verdadeiras notícias ou reportagens ou entrevistas sobre os assuntos sérios da actualidade regional.
Não tivesse ele, “Gramofone”, a qualidade que tem e, há muitos anos que já teria deixado de suscitar as atenções de todos os que não gostam de perder pitada e adoram acompanhar bem de perto o andamento da política regional.
Pelo “Gramofone” desfilam os mexericos, as verdades mal-disfarçadas, as “caricaturas” refinadas, as “indirectas” e as “bocas” dirigidas aos mais notados políticos do Algarve e não só.
Uns gostam, outros “picam-se”, outros fingem (mal) ignorá-la mas, àquela clássica página do “Barlavento”, ninguém é indiferente, ande ele ou ela nas andanças políticas algarvias, goste ou não de rir-se de si próprio(a) e daquela espécie de “humor britânico” que, semanalmente, muito nos diverte e ajuda a descomprimir.
“Transferência”, recente apontamento do “Gramofone” de 29 de Julho (clique na imagem em cima para ampliar e ler), é mais uma de muitas outras boas e semanais piadas que passou pelo “Gramofone”. Uma daquelas graças que não é notícia nem é minimamente credível mas que diverte, não pela verdade escondida que encerra mas pelo seu descontraído e fino recorte, ao estilo “Britcom”.
No fundo, o “Gramofone” tem pautado por oferecer-nos um bem temperado uso do estilo “Britcom”. Diria que será, ele mesmo, uma “Britcom”, mas uma “Britcom à moda do Algarve”.Oxalá assim se conserve, por muitos e bons anos, divertindo-nos, sem grande rigor ou fundo de verdade mas com muito e refinado humor!

03 agosto 2010

Pobre Justiça


Se os argumentos utilizados pelos senhores procuradores da República para fundamentarem o arquivamento do processo Freeport causaram perplexidade e estupefacção nos portugueses pelo cúmulo do ridículo, as declarações de hoje do Procurador-Geral, Pinto Monteiro, constituem a cereja-em-cima-do-bolo da desgraçada Justiça portuguesa.
Hoje ficámos a saber, da boca do Sr. Procurador, que ele sente-se uma figura decorativa do regime...
A sinceridade de Pinto Monteiro honrá-lo-á, mas a sua permanência no cargo, depois destas gravíssimas declarações de impotência, deviam envergonhá-lo ao ponto de levá-lo a fazer o mínimo exigível a quem, com a sua posição na hierarquia do Estado, diz o que ele disse: bater com a porta.
A mim, enquanto cidadão português, envergonha-me que a nossa Justiça tenha chegado a este ponto.
Mas, pelos vistos, isso incomoda-me mais a mim do que a ele ou... a Cândida Almeida.

02 agosto 2010

Estação da CP de Lagos antiga fechada para construção de "mamarracho" ao lado - a reportagem de Miguel Sousa Tavares para o Jornal da Noite da SIC (1/Agosto/2010)
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Para ver o vídeo clique em cima do título.